Cidinho Teixeira em noite especial
Emocionado pelo retorno a Rio Grande depois de 28 anos, Cidinho contou um pouco de sua história e, referindo-se a dupla que o acompanhou, destacou a tradição rio-grandina de ter grandes instrumentistas. Milcíades Teixeira, 65 anos, está radicado em Nova Iorque há 22 anos, onde mantém carreira artística juntamente com o baterista (também rio-grandino) Portinho (Telmo Porto) - ambos já renomados no jazz da noite nova-iorquina. O músico se encontrava no Rio de Janeiro e sua vinda a Rio Grande resultou de um esforço de amigos, do pessoal do blog Papareia e do tecladista José Mello (empresário rio-grandino que reside em Joinville - SC). Com o apoio do apresentador Caminhos do Jazz, da Rádio Universidade FM, José Celmer, o evento acabou sendo uma edição extra do Projeto Conexão Jazz.
Recentemente ajudou suas filhas a formar o quinteto Gimacalis, palavra criada a partir das iniciais do nome das jovens cantoras - Gisela, Mary, Carolina, Lira e Stephanie. "É uma carreira longa, são 50 anos de música, pois comecei com 11 anos de idade, Fui para Porto Alegre com 19 anos, sempre tocando. Aí fui para a Argentina, depois fui para o Rio de Janeiro, onde fiquei e fui viajando pelo mundo. Morei em São Paulo por um ano, depois fixei residência no Rio, de 71 até 85, quando saí de lá e fui para os Estados Unidos", contou Cidinho. Em Nova Iorque, ele costuma se apresentar no Blue Note templo do jazz, onde acompanhou muitos artistas do gênero, e no Zinc Bar, tocando brasilian jazz, além de excursionar com freqüência.
Fotos: Thiago Piccoli